sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Algoritmos e abrasivos...

As máquinas são máquinas; construídas pelo homem para a realização de tarefas específicas, não possuem qualquer tipo de "vontade", ainda que exponencialmente sofisticadas (tanto no aspecto como na função).
De que serve uma rebarbadora sem um disco de corte ou de desbaste? De que serve um computador sem sistema operativo ou outros programas? De que serve um pincel ou um automóvel sem o Homem para os usar?
As máquinas servem só para a concretização. A criatividade é intrinseca do Homem; deriva do desejo e da vontade.

Para pôr um computador a "gerar" uma forma, ou a imprimir/pintar uma superfície, é preciso dar-lhe ordens, é preciso colocar-lhe tinteiros, dar-lhe o suporte a colorir, e em última análise ligá-lo primeiro.
O mesmo princípio matemático, por exemplo o diagrama Voronoi, integrado em algoritmos diferenciados, tanto pode ser usado na simulação e previsão de progressões/decomposições em áreas da ciência, como pode servir para a criação de texturas na modelação 3D. Esta diferença de utilidade do mesmo princípio, é toda devida à vontade do Homem, nada à aleatoriedade da máquina.
É verdade que as capacidades concretizadoras dos computadores são avassaladoras; daí a importância de não se perder a consciência da hierarquia operativa.

A criação artística é consciente e intencional; deriva de um desejo e vontade prévios ao acto.

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