
Vós, crédulos Mortais alucinados
De sonhos, de quimeras, de aparências,
Colheis por uso erradas consequências
Dos acontecimentos desastrados.
*
Se à perdição correis, precipitados
Por cegas, por fogosas impaciências,
Indo a cair, gritais que são violências
De inexoráveis Céus, de negros Fados.
*
Se um celeste Poder, tirano e duro,
Às vezes extorquisse as liberdades,
Que prestava, oh Razão, teu lume puro?
*
Não forçam corações as Divindades,
Fado amigo não há, nem Fado escuro:
Fados são as paixões, são as vontades.
Sem comentários:
Enviar um comentário