Talvez a eficácia dos sistemas de organização social seja directamente proporcional ao desenvolvimento humanista da espécie. Assim não será de estranhar a dinâmica desagregadora que nos envolve.
A filosofia de Engels e Marx preconizava, graças ao advento da mecanização nas actividades laborais, um incremento da quantidade de tempo disponível para a “cultivação” do espírito; já que as tarefas se concretizavam, com a ajuda das máquinas, muito mais rapidamente. A verdade é que ganhou a ECONOMIA/ganância, e perdeu a humanidade. Os homens continuaram a trabalhar o mesmo número de horas, a quantidade de objectos produzidos é que aumentou; daqui à sociedade de consumo foi um pulo! E o futuro que se adivinha na evolução desta tendência é pouco prometedor. A sociedade de consumo baseia-se em dinâmicas de novidade (não de fruição dos conteúdos), e consequentemente de desperdício.
É deprimente ver o resultado dessa postura nos meios ditos intelectuais; e como a produção artística não está desligada das realidades sociais, também aí chegou a superficialidade e o lixo…
Há diferença entre obra de arte, e objecto meramente decorativo! Há diferença entre artista, e assunção de estatuto social de artista!
Será a natureza dominante nos homens, a de conspurcação de tudo?!É que as máquinas e as tecnologias, em si, não são boas nem más… são o que são; a finalidade do seu uso determinam-na os homens.
Não seria tão bom, por uma vez que fosse, pôr-se de lado vaidade e ânsia de poder, e ver as máquinas e as tecnologias usadas para a melhoria da vida e elevação do espírito de todos os homens?
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
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