Há coisas que são comuns aos homens de todas as épocas: o bem e o mal, a necessidade da religião, o respeito versus intolerância... entre outros!
Actualmente há também o pretenciosismo da superioridade contemporânea... mas quer-me parecer que também isso foi igual em todas as contemporaneidades. Hoje, que levamos o planeta à exaustão, queremo-nos os campeões da ecologia, sensíveis aos eco-sistemas e respeitadores dos animais. Alguns sê-lo-ão de facto, outros hipócritamente por conveniência financeira; mas que novidade pode haver em tudo isso?!
Nos trabalhos complementares e de apoio à realização de "Estavas, linda Inês", tropecei nesta delícia que quero partilhar:
"... Que hábito criminoso, que disposição a verter o sangue humano contrai esse homem ímpio que abre com o cutelo de ferro a garganta de um vitelo e empresta sem emoção o ouvido aos seus mugidos! quem tem coração para degolar um cabrito enquanto ele solta vagidos semelhantes a uma criança, ou para se repastar com uma ave que alimentou com as suas mãos! Que distância lhe falta transpôr entre semelhantes actos e a verdadeira renúncia. Depois disso, a que caminho se abre?
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Que as vossas bocas não se sirvam senão com alimentos conquistados com doçura."
Publius Ovidius Naso (43 ac - 17 dc)
Pois é; escrito por quem nasceu antes de Cristo. A boa consciência não tem épocas... simplesmente nunca é dominante.
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