segunda-feira, 14 de julho de 2008

Algoritmos e abrasivos...

Semelhanças para lá das aparências…

Não é raro (pelo contrário) que os aspectos com que as coisas se nos apresentam, evidenciando grandes diferenças entre si, venham no fim a revelar-se ilusórias; e vemos então que as semelhanças são afinal maiores do que as diferenças. Este é o caso que vou começando a verificar, à medida que avanço no conhecimento e uso das ferramentas digitais de modelação 3D. É espantosa, a similaridade que se verifica entre elas e as ferramentas da escultura material (nomeadamente ponteiros e escopros, mós e discos abrasivos). Claro que as diferenças, sobretudo ao nível dos resultados, são evidentes; desde logo porque umas produzem objectos virtuais e impalpáveis, e as outras produzem objectos “físicos” e palpáveis. Porém, no que concerne ao que aqui importa, essas são diferenças do domínio do aparente; porque não é a natureza física dos objectos que aqui medito, mas antes, os meios técnicos usados para produzi-los; o modo como o artista se apropria dessas técnicas e a lógica interna com que o faz, no sentido da consecução do objectivo único, que é a concretização da sua criação artística.

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