quarta-feira, 30 de julho de 2008

Algoritmos e abrasivos...

A técnica define-se por um conjunto de regras genéricas que a condensam. A sua apropriação particular, por cada artista, consubstância-se pela adaptação desses procedimentos genéricos às características metodológicas e emotivas de cada um. Objectivo conseguido, muitas vezes, pelo sacrifício de algumas das normas “sagradas”, consideradas básicas para o bom uso dessa técnica.

A possibilidade de criar-se algo diferente, começa muitas vezes na rejeição do comummente estabelecido como correcto; como diz George Kubler – para a maior parte das pessoas, o comportamento inventivo é um desvio às normas. A quantidade de erro, que deriva geralmente dos actos de experimentação, desempenha também o seu papel; mostrando-nos o resultado do acaso (que podemos depois sofisticar) que de outra maneira não veríamos. Será talvez um modo mais demorado e doloroso de chegar onde se quer; talvez! Mas chega-se de verdade. E depois, acaba sempre por vir o tempo das compensações.

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