domingo, 31 de agosto de 2008

Algoritmos e abrasivos...




Aprender um novo meio, com todas as suas especificidades técnicas, é como fazer, solitário, a travessia exploratória de um continente novo. É uma viagem feita de avanços e de aparentes recuos, de experimentação, de dúvidas; e no fim, a indizível felicidade da concretização.
Verdadeiramente, o conhecimento/domínio de um meio, corresponde menos à exaustão cognoscível de todas as suas possibilidades, do que ao ponto em que o dominamos de tal modo, que a “novidade” possível, desse meio, decresce para níveis residuais, e a repetição se instala e generaliza. Não é mau! É até mesmo necessário.
A perfeição natural previu a existência dos tipos psicológicos necessários para cobrir a totalidade do espectro: uns mais “nómadas” e atraídos pela vertigem do diverso; outros mais “sedentários” e amantes da estabilidade e das certezas.

…e assim se mantém o equilíbrio e a vitalidade. A novidade constante, geraria a instabilidade e o caos, pela impossibilidade da habituação e inexistência de referências; a exclusiva replicação de modelos, levaria à estagnação e à extinção, pelo excesso de estabilidade. È na inter relação dinâmica de ambos que se define a dialéctica da mudança.

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