quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Algoritmos e abrasivos...

Maior a sofisticação das máquinas usadas, maior o risco de nos deixarmos enredar nas suas lógicas operativas, e, nas suas concretizações vulgares. Mas estabelecidas e consciencializadas as hierarquias do processo de criação artística, tudo ocorre com a harmonia necessária à consecução do objectivo definido; e o espectro das possibilidades expressivas é ampliado pela adição das novas capacidades do meio digital e da geração de imagem por computador.
Para trás ficaram anatomias e metabolismos, lógicas de programação, algoritmos e comandos do diverso software a utilizar. Segue-se o tempo da concretização: definição dos conteúdos; modelação dos objectos em 3D, com as suas semias (e em alguns casos simbolismos); elaboração das ambiências e conjugações propiciadoras de ambiguidade… Em termos práticos, a exploração dos objectos e cenas criados em 3D, faz-se pela fixação “fotográfica” dos enquadramentos e iluminações pretendidos; posteriormente retrabalhados ou não.

O tempo, daqui para diante, é o d’ As Musas! Sem algoritmos nem abrasivos, nem máquinas, nem ferramentas; tudo relegado para o lugar natural que lhes compete, sem protagonismos, só operatividade. Agora, é o tempo da criação/concretização; inviolávelmente íntimo.

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