sábado, 25 de outubro de 2008

Escultura em vidro...

O trabalho a quente

Embora se conheçam esculturas feitas na antiguidade, em vidro fundido (do Egipto por exemplo), a verdade é que esta técnica nunca teve grande divulgação; excepção feita ao que aconteceu no período de transição entre os séculos XIX e XX. A própria palavra – vidro, por força da associação aos produtos soprados que constituem a maior utilidade deste material, é normalmente sinónimo de fragilidade e inaptidão para a escultura. A realização de receptáculos contentores (copos, garrafas e afins) é sem dúvida a área de maior uso do vidro; mas não se esgota o seu potencial na produção destas utilidades. Os métodos de trabalho do vidro a quente são absolutamente espectaculares. Uma bola de vidro, incandescendo na ponta da cana, pode ser soprada, extrudida, modelada com recurso ao uso de pinças, …; quanto à matéria, pode usar-se como se colhe, mas também colori-la na mármora, formar-lhe bolhas, acrescentar-lhe inclusões metálicas. A questão está sempre na abordagem e intencionalidade. Qualquer que seja o método de trabalho, o limite das possibilidades situa-se mais na imaginação do artista, do que nas aparentes restrições da materia.

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