terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A Tempestade de Shakespeare segundo John Mowat

Fui ao Chapitô, vi, e gostei!
Globalmente é fiel à história de Shakespeare, ainda que as diferenças sejam grandes; desde logo porque torna comédia, o que na origem é drama. A estrutura narrativa mantém-se; os pormenores são contemporaneizados. A ambiência sonora e as luzes tem um importante desempenho, e são fundamentais, em face da depuração cénica hiper minimalista - três corpos, um livro, um pedaço de tecido. A assunção de várias personagens pelos três actores é um desafio enorme (é o tipo de opção em que a construção clara de cada personagem, é decisiva); no essêncial resulta, sobretudo se o espectador conhece a obra original. A simbiose com o público resulta totalmente. Talvez a especificação de procedimentos cénicos e a hierarquização dos elementos da narrativa visual, com a eventual expansão de alguns, pudesse optimizar os resultados; que de qualquer modo são bons. De resto, a tenda do Chapitô estava repleta, e no fim a assistência não negou o aplauso aos actores; e quando assim é...

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom espectáculo!