O que é uma pessoa hoje em dia?
É um animal da espécie autodenominada humana.
É uma matéria prima enquanto turista, doente, desportista; respectivamente para as indústrias dos transportes, da hotelaria e restauração, para as indústrias farmacêutica, médica e conexas, para as indústrias do lazer e do desporto... para não falar dos sistemas de captação de dados para o desenvolvimento da chamada inteligência artificial.
É parte - peça - nos vários ramos das diversas indústrias e serviços. Ou seja, é consumidor e consumido. E é, sobretudo, escravo. Escravo que se julga livre da escravidão. É escravo ao reclamar direitos - reconhecendo com isso a existência do(s) seu(s) senhor(e).
Direitos são benesses que os senhores concedem aos seus servos!
Julga-se livre (palavra cujo uso encerra grande confusão), mas é-o somente no âmbito do catálogo de possibilidades - dos direitos - que o próprio contexto social valida. E por debaixo dessa aparência superficial de liberdade repousa a mais rígida e sofisticada escravatura, em que a economia é o modus operandi, e moeda e propriedade são os operadores funcionais.
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